sábado, 13 de março de 2010

Guerra ao Terror


Quem conhece este que vos escreve sabe o quanto eu esperava por um grande triunfo de “Avatar” nesta edição do Oscar. Mas, na realidade, não chegou a ser uma surpresa tão grande a supremacia de “Guerra ao Terror” na premiação – na verdade, esse sentimento foi mais forte aqui no Brasil, onde o filme de Kathryn Bigelow teve pouca divulgação, sendo lançado primeiro em DVD e só agora chegando aos cinemas.

Um impacto positivo do resultado dos Oscars para a indústria cinematográfica é a sobrevivência dos filmes de baixo orçamento. Enquanto este ramo depende de grandes bilheterias para sobreviver – o caríssimo “Avatar” já arrecadou até aqui US$ 2,6 bilhões – são produções mais simples que levam grandes prêmios. “Guerra ao Terror” custou apenas US$ 11 milhões, valor irrisório para uma produção de Hollywood e arrecadou apenas US$ 12 milhões no mundo todo: um desastre em sentido comercial.

De qualquer forma, “Guerra ao Terror” acerta em cheio ao fazer o espectador sentir a tensão vivida pelos soldados americanos no Iraque. Além de terem o ingrato trabalho de desarmar bombas, os homens do Comando Delta ainda têm de conviver com o medo de um ataque surpresa. A fotografia e o som são muito bons, mas o ponto mais forte é a edição. Mesmo quando os soldados não estão em ação, o filme não perde o ritmo: quando não há o medo, há os dramas internos, e estes não soam exagerados ou desnecessários (mas, reconheço: morri de sono durante alguns minutos!)

Em resumo, um bom filme de ação. Não soa como um clássico do gênero, mas representa e muito bem o tempo em que vivemos.

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