domingo, 15 de novembro de 2009

Paramore acerta com “brand new eyes”

Quando o Paramore foi fundado em 2004 no Tennessee, é provável que nem mesmo a vocalista Hayley Williams imaginasse o quanto seu grupo iria longe. Agora, com o terceiro álbum de estúdio, “brand new eyes”, a banda de emo-rock prova que não é apenas uma moda passageira.

Quando se conhece a história do Paramore, você se surpreende com a rapidez com que chegaram ao mainstream. Assinando com uma pequena gravadora no começo de 2005 e lançando seu primeiro trabalho, “All We Know is Falling”, é realmente com sua turnê pela Inglaterra em outubro de 2006 que a banda começa a chamar a atenção. O resultado é a atenção da imprensa especializada britânica, coroada com uma apresentação em 2007 no Rock and Roll Hall of Fame.

A consagração do grupo vem em 2007, com “Riot!”, disco de platina nos EUA e que leva o Paramore a uma indicação ao Grammy de “Melhor Novo Artista”, que acabou vencido por Amy Winehouse. A seguir, uma música marcante como tema do primeiro filme da febre teen “Crepúsculo” , “Decode”. Pronto, em apenas cinco anos de carreira o Paramore atinge o topo da popularidade.

Ao analisar tudo isso, fica claro o quanto o terceiro disco da banda é uma verdadeira responsabilidade. E pelo jeito, o grupo mostra que veio para ficar e que quer alçar vôos mais altos. O primeiro single, “Ignorance”, tem o típico som do Paramore: vocais rasgados, um bom refrão e o velho estilo de fazer punk. Mas o grupo sabe fazer isso de uma maneira tão única quanto os cabelos laranja de sua vocalista. É difícil traçar comparações com outras bandas; esse é simplesmente o som do Paramore.

O som mais típico do Paramore se mostra também em músicas com refrões vocais bem elaborados, como a balada “Playing God” e as agitadas “Brick by Boring Brick” e “All I Wanted”. Também são interessantes as faixas mais lentas e acústicas (um diferencial ao trabalho anterior do grupo) “The Only Exception” e “Misguided Ghosts”.

Também é claro o modo como o grupo evoluiu nas suas letras, que soam mais ricas e convincentes. No geral, falam principalmente de decepções amorosas, mas sem soar melosas (como é típico do padrão emo de fazer música). Não se pode esquecer também a última faixa do álbum: a já super-popular “Decode”, tema do filme “Crepúsculo” e certamente o maior sucesso comercial da banda.

Quando ouvimos as doze faixas de “brand new eyes”, temos a sensação de estar vendo a evolução do que pode ser um grupo que vai marcar seu nome na história do rock. Exagero? Escute e tire sua conclusão. Você não vai se arrepender.

Nota: 8/10.

Aumente o volume em: “Ignorance”, “All I Wanted”, “The Only Exception” e “Brick by Boring Brick”.

Um comentário:

Rubens Rodrigues disse...

Sim, Brand New Eyes mostra um Paramore novinho em folha. Entretanto, só agora posso dizer algo de realmente bom dessa banda. Ignorance quando entra na cabeça é difícil de sair.
Nunca pensei que diria isso, mas BNE é como eu começei a gostar de Paramore.