sábado, 24 de outubro de 2009

Com Avatar, James Cameron quer fazer história. Mais uma vez




James Cameron tem uma filmografia invejável: ganhou projeção internacional já em seu segundo filme, O Exterminador do Futuro (1984), levando Arnold Schwarzenegger ao estrelato; dois anos depois, em Aliens – O Resgate, conseguiu transformar a continuação de um dos maiores filmes de terror de todos os tempos em um dos melhores filmes de ação de todos os tempos.

Em 1991, foi além dos limites do que era possível fazer em efeitos especiais com O Exterminador do Futuro 2. Por fim, em 1997, a maior bilheteria da história do cinema, recordista em número de Oscars e revolucionário no uso de efeitos especiais Titanic. Doze anos sem lançar um filme e James Cameron está de volta com a esperada ficção científica épica Avatar, com produção estimada em US$ 240 milhões.

Ambientado em Pandora, lua localizada em Alfa-Centauro com vegetação exuberante e habitada por centenas de formas de vida, Avatar conta a história de Jake (Sam Worthington), um ex-fuzileiro americano que fica paraplégico e ganha a chance de voltar a andar ao ser recrutado para um projeto do governo. Em Pandora, encontrará os Na’vi, seres humanóides considerados primitivos, porém mais sábios e mais fortes que os humanos.

Com estréia mundial prevista para 18 de dezembro, Avatar foi completamente filmado em 3D e utiliza efeitos de CG (computação gráfica) nunca antes vistos na história do cinema. Na realidade, quando o filme foi idealizado por Cameron em 1994, era avançado demais em sentido tecnológico para ser filmado.

A seguir, trechos da entrevista do diretor James Cameron para a revista SET, na sua edição de setembro, onde ele promete: mesmo já tendo divulgado 15 minutos do filme, ‘nada até agora revela o mínimo da história’! Confira!

Sobre filmar com computação gráfica:

“Hoje, a verdade é que não existe nada que não possa ser feito, tudo passa a ser questão de economia e de escala.”

Motivos para os 15 anos de espera para a realização de Avatar:

“O que eu quis na época foi produzir uma história em torno da idéia de poder criar um planeta inteiro, com espécies alienígenas diversas e realistas. E eu não tinha interesse em usar maquiagem, queria fazer em CG. (...) É tudo muito complicado, e tem de ser feito por técnicos que não só dominem as ferramentas com precisão, mas que também saibam observar o mundo ao seu redor, que entendam como a técnica vai funcionar de maneira orgânica, a ponto de enganar não só os olhos, mas também a mente.”

Sobre a criação de um universo inteiro:

“Vamos lançar um livro para acompanhar o filme, para quem quiser saber mais sobre Pandora. Criamos um compêndio enorme não só como guia, mas também na expansão desse mundo. Temos um lingüista, um antropólogo cultural, um compositor étnico, botânicos, paleobiólogos, todos trabalhando nesse imenso volume de referências que vai a público. (...) Isso deixa o filme melhor? Bom, se Avatar estabelecer uma base de fãs que gosta de esmiuçar mundos detalhados, então coisas assim se tornam úteis.”

O diferencial de Avatar:

“Sinto falta do mistério de descobrir algo verdadeiramente novo quando entro no cinema... Como eu senti quando tinha 14 anos e vi 2001: Uma Odisseia no Espaço sem a menor idéia do que eu estava prestes a assistir. Era como um salto no desconhecido, e a gente não tem mais isso. As pessoas sabem demais antes de entrar no cinema. Acredite, nada que mostramos de Avatar até agora revela o mínimo da história. É o mesmo buraco negro que eu vivi aos 14 anos, e se você quiser saber o que está do outro lado, você tem de embarcar nessa jornada para descobrir.”

Novo trailer de Avatar, ainda em baixa qualidade, que foi divulgado ontem:

http://www.trailerspy.com/trailer/6001/Avatar-Trailer-Bootleg

Um comentário:

Rubens Rodrigues disse...

Cameron quer e vai fazer história. Acho difícil Avatar ser um sucesso absoluto de vendas entre tantas febres que vão concorrer no final do ano. Mas é o filme mais esperado do ano, ah, é!