Pré-Avatar Feelings

18 de dezembro de 2009. 01:17 (hora de Brasília)

Há exatos doze anos menos um dia, James Cameron fazia história e Titanic estreava nos cinemas. Hoje, neste dia que se inicia, pode estar começando um novo mito da história do cinema, algo para o qual se olhará para trás e se terá orgulho de dizer: sim, eu vivenciei isto.

Ouvir um podcast sobre Titanic numa noite como esta só serve para aumentar minha expectativa, e me tirar ainda mais o sono. Como dormir se Avatar estreia hoje? Como dormir enquanto ao redor do mundo (e nos EUA, nas próximas horas) milhares acamparão às portas dos cinemas, a espera de um momento épico?

Os primeiros privilegiados assistem às super-exclusivas sessões fechadas e não hesitam em dizer: AVATAR É FANTÁSTICO. E o gênio lança sua nova obra-prima após quinze anos de espera, um dia antes do aniversário da sua última obra-prima...

Não se pode comparar Avatar a Titanic. Ou melhor, talvez se possa. Ambos são o símbolo da magia do cinema, de se olhar para uma tela grande, seja em duas ou três dimensões, e se emocionar. Não importa se vemos Leonardo di Caprio ou Sam Worthington, Kate Winslet ou Zöe Saldaña, homens de carne e osso ou na’vis de computação gráfica.

Sinto que nesta sexta começa uma revolução cultural, cinematográfica. Como aconteceu no já muito, muito distante setembro de 1977, com Star Wars. Talvez maior, talvez menor, não sei. Só sei que, daqui a alguns meses, James Cameron será o homem mais realizado da indústria do cinema, graças aos seus feitos.

Como dormir numa noite histórica como essa? Só tem um jeito: sonhando com um lugar fantástico, de seres azuis e natureza exuberante. E só acordando com os aplausos e com o cair dos créditos finais.